Entre quais eu sou???

Assim como Clarice Lispector fez em A paixão segundo G.H, aqui não se busca responder quem sou, mas entre quais eu sou? Uma pergunta que envolve o sentido de nossa existência, que não é somente individual, mas que está baseado (e até determinado) na posição que ocupamos no mundo (classe, gênero, cor, em relação ao outro...), sobre o lugar da arte (é possível separar arte e vida?), o lugar que o Brasil ocupa no concerto das nações e sobre a questão do evangelho da graça x obras. Aqui há um espaço aberto para essas discussões! Leia, reflita e participe!



quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Graça, graça, graça


Caminhando Jesus viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifeste nele a graça de Deus. (São João 9:1-7).

Ao ler esse versículo, lembro-me do caso de Jó. Os amigos de Jó o acusavam de ter pecado, por isso, sua situação tinha ficado como ficou, feia, vale a pena reler essas páginas, pois há ensinamentos importantes para nós. Pois no final, ficamos sabendo que havia um propósito celestial para aquilo ali.

Ora, quantas vezes estamos passando por uma situação, e chega alguém e diz: “Você está em pecado, por isso está acontecendo” ou “Você é incompetente, por isso nada acontece”... Enfim, sempre a culpa é sua. Ou seja, se você for bom então será bem-sucedido. Se vc for estudioso, trabalhador será próspero, se vc for espiritual e ir aos cultos vc será abençoado, encontrará um marido e etc.

O evangelho da graça vem se contrapor às obras. Pois se perseguimos as benções segundo as nossas obras, erramos duas vezes: 1) ao ter nosso sentido de vida voltado para o sucesso 2) e anulamos a cruz de Cristo, pois ao acharmos que merecemos alguma coisa boa, então não é pela misericórdia de Deus, mas por mérito humano.

A Bíblia diz: “Não por força ou poder, mas pelo meu Espírito” (Zc 4:6) e diz também “Quem quiser salvar a sua vida tem de perdê-la” (Mt 16, 25). O Senhor propõe duas coisas para nós: a sua GRAÇA, favor imerecido, para as situações que vão além dos nossos limites, e que Deus usa para manifestar a sua glória, e uma nova VIDA com outro sentido, horizonte, onde o foco é a rendição do nosso ser a Deus, no lugar onde encontramos o que precisamos para a nossa alma ficar satisfeita.

*E não precisamos de mais questionamento, confusão e culpa para nossa vida, precisamos somente da revelação de Deus, precisamos de graça, graça e mais graça.

M.P.

2 comentários:

Margot disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Lorena disse...

A verdade e o juízo pertencem à Deus!
Ai de nós! Se não fosse pela graça de Deus...se não fosse pela boa mão de Deus...

Julguemos menos uns aos outros! Olhemos mais para nossos próprios erros!