Nosso tempo, sem dúvida . . . prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência ao ser. . . O que é sagrado para ele não passa de ilusão, pois a verdade está no profano. Ou seja, à medida que decresce a verdade a ilusão aumenta, e o sagrado cresce a seus olhos de forma que o cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.
Feuerbach
Um comentário:
Manipular e falsear não são em si novidades. Talvez pela facilidade com que se adotam realidades virtuais, paralelas, alternativas, em detrimento da realidade “real” a alienação esta tomando um novo patamar em nossa sociedade.
De empresários a políticos, de personalidades a professores, todos lançam mão de táticas teatrais para atrair a atenção e realizar suas atividades, com isso, acabamos por nos transformar em consumidores de falsas idéias e falsas promessas porque aparentam ser mais agradáveis ou fáceis de deglutir.
O fato é que a fronteira entre o real e o ficcional fica cada vez mais difícil de identificar em meio ao excesso de simulações que nos cercam, visto que grande parte das pessoas replicam os “modelos de sucesso” que os cercam e passam a participar também dos jogos de poder e simulação.
Simula-se em eventos e reuniões, em negociações, em contatos telefônicos, simula-se em tudo. Neste contexto a simulação passa a ser uma competência que supera por vezes as demais competências organizacionais e pode tornar as pessoas indiferentes à diferença entre ficção e realidade.
Thomaz Wood Jr.
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